Banco do Brasil lança programa de desligamento incentivado; cerca de 8 mil funcionários poderão se aposentar

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Nesta sexta-feira (8), o Banco do Brasil anunciou que passará por um novo processo de desmonte. Uma das ações previstas é o lançamento de um programa de desligamento incentivado, que, além de buscar a aposentadoria de 8 mil funcionários que já possuem esse direito, dessa vez será ampliado aos que não tem o tempo de contribuição necessário para receber o benefício do INSS. Na prática, o banco deve extinguir milhares de postos de trabalho e substituir os funcionários concursados por terceirizados. Prova disso é que foi divulgado a intenção de terceirizar setores inteiros da instituição. Uma das desculpas do BB para a diminuição do quadro é a priorização do uso do aplicativo para smartphone, que já representa 72,1% dos acessos às contas. Contudo, o banco não divulga como isto será prejudicial aos clientes de baixa renda e idosos, que muitas vezes dependem unicamente do atendimento presencial. Outra ideia nefasta e que vai de encontro com o papel social do BB é o remanejamento de pessoal. Com isso o banco demonstra que deve buscar os clientes com maior potencial financeiro, deixando desassistidos os municípios menores, piorando o atendimento e as condições de trabalho dos bancários. Somente nos nove primeiros meses deste ano, o Banco do Brasil já lucrou R$ 7,9 bilhões, 11,8% a mais que no ano passado, o que evidencia o quanto o plano é desnecessário. O pacote de maldades demonstra claramente que a diretoria do Banco do Brasil deve impor um processo de mudança do perfil da instituição, precarizando o serviço bancário e explorando ainda mais os seus trabalhadores, clientes e usuários em busca de lucros ainda mais altos.