Temer proibirá abertura de novos cursos de medicina, implantação do curso em Guanambi está comprometido

Foto: Reprodução l PMG

O presidente Michel Temer assinará um decreto que proíbe a abertura de novos cursos universitários de medicina no país durante um prazo de cinco anos. Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, o presidente deve assinar o decreto até o fim deste ano. "Há um clamor dos profissionais de medicina para que se suspenda por um período determinado a abertura de novas faculdades, em nome da preservação da qualidade do ensino", explicou o ministro. A notícia não agradou muito os moradores da cidade de Guanambi, que aguardava a tantos anos a autorização para o funcionamento do curso de medicina no município. Em meio a tantas polêmicas, no mês de junho deste ano, uma portaria publicada no Diário Oficial da União determinou o interrompimento dos procedimentos administrativos em andamento para a implantação do curso na cidade. Isso porque a empresa que venceu a seleção para a instalação do curso está sob investigação. O inquérito apura fraudes no processo de seleção da empresa vencedora. 

 

Foto: Reprodução l PMG

Em maio, o MEC determinou a abertura de sindicância para apurar a suspeita, depois a imprensa questionou a pasta sobre possível troca de pareceres na concorrência para Guanambi. O curso de Medicina seria implantado no município através do programa Mais Médicos. Na época, que a instituição escolhida para montar o curso foi a Sociedade Padrão de Educação Superior, mantenedora das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros (FIPMoc), com sede na cidade do Norte de Minas. A entidade tem como um dos sócios a Samos Participações, empresa do ex-ministro do Turismo Walfrido Mares Guia. O edital foi alterado e houve uma inversão de fases de avaliação, além da inclusão de novos critérios de análise. Tudo isso teria acontecido após o início do processo. A polêmica levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a paralisar a seleção. O rendimento dos cursos de medicina no município seria de R$ 26 milhões ao ano.