Empresário argentino diz que Rede Globo pagou propina por direitos de TV; emissora nega

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Nesta terça-feira (14) o empresário argentino Alejandro Burzaco, ex-presidente da empresa Torneos Y Competencias, em depoimento no Tribunal do Brooklin, em Nova York, no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, disse que a Rede Globo foi uma das empresas que pagaram propinas para vencer a concorrência por direitos de transmissão de competições internacionais, como a Copa América. Burzaco foi ouvido como testemunha de acusação no processo. Ele é um dos investigados no escândalo da Fifa e se declarou culpado. Além da Copa América, a investigação da Justiça norte-americana também apura corrupção na compra dos direitos da Copa Libertadores e do torneio Copa do Brasil. Já a Rede Globo, em nota a imprensa negou qualquer ato ilícito. "Sobre depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso Fifa pela Justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina", diz o texto. "Esclarece que após mais de dois anos de investigação não é parte nos processos que correm na Justiça americana. Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos. Por outro lado, o Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido. Para a Globo, isso é uma questão de honra." Continuou a nota da emissora. Marin está preso desde 27 de maio de 2015 e inicialmente, ficou em uma prisão na Suíça. Transferido para Nova York, cumpre prisão domiciliar em seu apartamento na 5ª Avenida. Ele é acusado de recebimento de propina na negociação dos direitos da Copa do Brasil e da Copa América.