Os corpos dos dois adolescentes mortos no ataque a tiros no Colégio Goyazes, em Goiânia, serão enterrados na manhã deste sábado em cemitérios da cidade. Os corpos foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) na noite de ontem (20) e estão sendo velados desde a madrugada. Um dos sepultamentos ocorrerá às 10h no cemitério Parque Memorial, e o outro às 11, no Cemitério Jardim das Palmeiras. Os dois adolescentes foram mortos a tiros por um colega de classe que abriu fogo em sala de aula. Mais quatro adolescentes ficaram feridos e estão internados, um deles em estado gravíssimo. De acordo com as investigações, o adolescente autor do ataque, de 13 anos, agiu motivado por bullying e disse ter se inspirado nos casos de Columbine, nos Estados Unidos, e Realengo, no Rio de Janeiro, em que atiradores também abriram fogo dentro de escolas. Na noite dessa sexta, pais de alunos, ex-alunos e vizinhos participaram de uma vigília em frente ao Colégio Goyazes, considerado tradicional na capital goiana e referência na capital. A escola particular funciona há cerca de 25 anos no mesmo bairro, com turmas do maternal ao 9ª ano do ensino fundamental. De acordo com estudantes que estavam no local e não quiseram se identificar, vários dos alunos da turma vítima do ataque estão na escola desde a primeira infância. Os dois filhos de Sandra Oliveira Santos foram alunos do colégio, um deles por dez anos. “Nós estamos dando força para a Tia Rose, para ela entender que estamos do lado dela”, disse a mãe dos ex-alunos. Tia Rose é o apelido da diretora do colégio. Por conhecer os professores e a direção, Sandra acredita não ter havido negligência no caso de bullying relatado pelo adolescente. “A escola tem um sistema bem atualizado em pedagogia, os professores são preparados, a Tia Rose faz questão de trazer projetos inovadores, eu sou coparticipante desses projetos de educação, sei que não deixou de haver projeto de discussão de bullying”.
Estudantes mortos em escola serão enterrados neste sábado (21)
Na noite dessa sexta, pais de alunos, ex-alunos e vizinhos participaram de uma vigília em frente ao Colégio Goyazes (MARCOS SOUZA/VEJA.com)