A representação de mulheres na população prisional do Brasil multiplicou por oito em 16 anos. Passou de 3,2% para 6,8 % neste período. O dado é do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça publicado pelo site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), publicados na última sexta-feira (13), que revela o aumento da quantidade de presas de 5.601 em 2000 para 44.721 em 2016. Ainda de acordo com os números do Depen no CNJ, o Brasil possui a quinta maior população de detentas do mundo, a terceira se considerados ambos os sexos. Das 1.422 prisões brasileiras, 107 igual a 7,5% são exclusivamente femininas e outras 244 igual 7% mistas. Entre as 44,7 mil detidas, 43% são provisórias, à espera de julgamento definitivo. A presidente do conselho e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, visitou unidades prisionais para mulheres de três Estados. Desde o início da série de inspeções, em outubro de 2016, a chefe do Poder Judiciário teve contato com internas no Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Bahia. Ainda conforme a publicação, cerca de 60% das detidas respondem a crimes ligados ao tráfico de drogas. A maioria delas, contudo, não tem ligação com grupos criminosos e tampouco ocupa postos de chefia, sendo coadjuvantes, informa o Depen.