Brumado: Diretor do AA revela que 13% da população é alcoólatra; índice está acima da média nacional que é de 3%

O diretor do AA de Brumado, Manoel 'Patinha' Gonsalves confirmando que Brumado tem 13% de dependentes do álcool (Fotocomposição: 97NEWS)

O Brasil é considerado por alguns institutos de pesquisa com um país em que o consumo de bebidas alcóolicas chega a ser 40% acima da média mundial, o que não deixa de ser um dado muito preocupante. Segundo estudos atualmente existem 4 milhões de dependentes do álcool no país acima de 15 anos e, o que é pior, com tendência de aumentar, já que nos últimos 10 anos os índices aumentaram em quase 50%. Outro dado alarmante é que 78% de jovens bebem com regularidade. Neste contexto, temos ainda a tendência de que cidades mineradoras, como é o caso de Brumado, têm um consumo etílico acima da média, a qual foi confirmada pelo diretor da unidade do AA (Alcoólicos Anônimos) de Brumado, Manoel "Patinha" Gonsalves, que acabou de retornar do Encontro Estadual da entidade que aconteceu na cidade de Paulo Afonso. Segundo ele o evento foi muito produtivo, com trocas de informações e atualização da metodologia que é utilizada. "O tema foi Trabalhar em Conjunto e ficou acertada novas ações que serão feitas na Bahia. Nós aqui em Brumado estamos expandindo nosso trabalho e iremos realizar em breve reuniões em Ibicoara, Tanque Novo e Ibotirama. Também estamos certos para realizarmos um trabalho periódico em Aracatu". Sobre a situação de Brumado diante do Alcoolismo ele relatou que "quando eu vejo a situação de muitos que adotaram a região da Cesta do Povo como lar, que se mostram totalmente sem esperanças, eu fico ainda mais preocupado, pois aquele local virou um verdadeiro sarjetão". Questionado sobre os índices atuais ele respondeu que "hoje temos 13% de nossa população depende do álcool, o que é um dado que nos deixa muito preocupado, além do que a tendência é que se não forem feitas campanhas sistemáticas esse índice tende a aumentar". A declaração causa mesmo uma certa perplexidade, ainda mais quando fazemos uma comparação ao índice nacional que é de 3% da população. Outro fator que corrobora para uma mudança de postura das autoridades sanitárias e judiciais é que o consumo de bebidas entre os jovens na cidade é muito grande, muitas vezes com vendas sem o menor controle para menores de idade. A falta de servidores que atuam na área da Infância e Juventude facilita a venda para menores de idade, tanto que em um grande número de bares não se pede documentação caso haja dúvidas quanto à maioridade penal. Fica então o desafio, pois se não forem feitas campanhas educativas e o combate à venda ilegal, poderemos ter um índice ainda maior de alcoólatras nas próximas gerações.