Bahia pode deixar de receber 2 bilhões de investimentos na energia eólica e solar

Foto: Conteúdo l 97News

A Bahia corre risco de deixar de atrair até R$ 2 bilhões em investimentos em cada projeto em matriz energética eólica e solar. Isto porque a falta de novos leilões de energia renovável neste ano compromete o potencial do estado na ampliação de parques eólicos e solares. Cada novo parque gerou, pelo menos, 3 mil empregos na fase de construção. A estimativa de perdas  é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado (SDE). Segundo o superintendente da pasta, Paulo Guimarães, sem novas concessões, o impacto na cadeia produtiva de geração de energia eólica é muito grande. “Cada aerogerador paga ao proprietário de terra algo em torno de R$ 1 mil a R$ 2 mil por mês e a terra segue disponível para que o proprietário possa continuar plantando a cultura que quiser”, disse Guimarães. O mapa dos ventos da Bahia aponta como  melhores áreas para este tipo de empreendimento as localizadas no semiárido, em municípios como  Caetité, Igaporã, Brumado e Rio de Contas.

 

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A construção de um novo parque é a etapa seguinte à realização no leilão, quando o governo compra determinado volume de energia. O vencedor do leilão, com a venda garantida, parte, então, para construir os parques e gerar a energia previamente encomendada pelo governo. A Bahia lidera a capacidade de atração de projetos eólicos no país, com um terço da energia contratada e até 2018 pode chegar a ocupar o primeiro lugar no ranking no número de parques eólicos em operação. Dos 300 novos parques que devem ser instalados no país até 2020, 164 serão em território baiano. Em Brumado o Parque Eólico de Cristalândia começou a operar com capacidade para 90 Megavolts (MW). Segundo dados coletados, foram investidos aproximadamente US$ 190 milhões na construção do parque, que fica nos municípios de Brumado e Rio de Contas. Inicialmente o parque vai gerar 350 Gigawatts por ano e atenderá mais de 170 mil casas do Brasil.