De volta ao passado: 30 anos depois, Sony vai retomar a produção de vinis

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A Sony anunciou nesta quinta-feira (29) que voltará a fabricar discos de vinil, devido ao aumento da demanda global pela música analógica. A mudança ocorre quase 30 anos depois de a empresa decidir cancelar sua produção do formato em 1989. A Sony Music Entertainment, braço musical do conglomerado japonês, decidiu retomar a fabricação de vinis durante o exercício em curso em suas duas fábricas situadas no Japão, não foi revelado o volume de produção previsto. A empresa japonesa interrompeu a fabricação para uso doméstico dos discos em 1989, por causa da crescente fatia do mercado musical monopolizada pelos CDs, o formato físico digital que a própria Sony ajudou a desenvolver e começou a distribuir em 1982. Agora, a Sony pretende se readaptar ao renascimento que vive o vinil, graças às vendas de álbuns de segunda mão e ao número crescente de novos lançamentos no antigo suporte analógico. Além disso, a companhia instalou um novo estúdio de gravação no centro de Tóquio concebido especialmente para produzir os "masters" dos quais serão geradas as cópias em vinil e aproveitar melhor a qualidade desse formato, segundo a porta-voz. As vendas de vinis no Japão chegaram a cerca de 800 mil unidades em 2016, oito vezes mais que em 2010, segundo dados da indústria musical do país. Com o mercado também aquecido no Brasil, a Sony Music daqui tem relançado clássicos do catálogo, como "Verde Que Te Quero Rosa" (1977), de Cartola, e investindo no formato para lançamentos nacionais, como o mais recente registro ao vivo com Caetano Veloso e Gilberto Gil, "Dois Amigos, Um Século de Música". A fabricação por aqui, no entanto, fica a cargo da Polysom, primeira fábrica de vinil após o formato voltar a ser hit.