Em busca do corpo perfeito, Jessica optou por colocar a vida em risco, diz médico

(Foto: Reprodução)

Foi enterrado na tarde desta quarta-feira (28) o corpo da jovem Jéssica Avelino Morais, de 25 anos, que morreu após passar mal enquanto treinava em uma academia, na noite da terça-feira (27), em Salvador. A cerimônia foi realizada no Cemitério da Ordem Terceira de São Francisco, localizado na Ladeira Quintas dos Lázaros, também na capital baiana. Dezenas de amigos e familiares da jovem compareceram ao sepultamento e prestaram as últimas homenagens a ela. Ainda não há informações sobre as causas da morte da morte da jovem, mas os pais de Jéssica Avelino acreditam que o uso de anabolizantes possa ter influenciado. Segundo eles, a jovem fazia consumo das substâncias para ganhar massa muscular mais rapidamente e que, antes de morrer, pediu desculpas pelo uso dos medicamentos.  O uso de substâncias anabolizantes pode provocar doenças hepáticas e cardiovasculares, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), doutor Fabio Trujilho. Nesta terça-feira (27), a vendedora Jéssica Avelino Morais, 25 anos, morreu após passar mal dentro de uma academia no bairro de Tancredo Neves. Familiares da jovem disseram em entrevista à TV Bahia que ela já havia feito uso de oxandrolona e stanozoland stanozolol, anabolizantes derivados da testosterona. Outros parentes, no entanto, negam que Jéssica fizesse o uso das substâncias. Só um laudo atestará a causa da morte de Jéssica. Trujilho explica que o efeito de hipertrofia desejado pelas pessoas que usam as drogas não se limita aos músculos dos braços e pernas. “O coração também é um músculo e, quando ele aumenta de tamanho, pode provocar arritmias e até levar a uma parada cardíaca”, afirmou o especialista. A endocrinologista e conselheira do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) Diana Viegas diz que o aumento da musculatura cardíaca demanda mais oxigênio para funcionar. “Uma das principais causas de morte de quem usa anabolizantes é o infarto, o que é bastante incomum para uma pessoa jovem”, explicou. Outro grave risco é o de desenvolvimento de tumores no fígado.