‘Sem o governador não teremos UTI em Brumado’, afirma presidente do Poder Legislativo

O presidente do Legislativo de Brumado, Léo Vasconcelos expressou a sua preocupação quanto às ações do governo do estado para Brumado (Foto: Daniel Simurro | 97NEWS)

O que, a princípio, parecia uma falta de sincronia, a partir de agora, já soa como possível ruptura, pois a ausência de ações mais significativas para Brumado, já há um bom tempo, por parte do governo do estado, parece ter chegado ao limite, ou seja, algumas gotas a mais deverão entornar o “balde da paciência”, já que a pressão popular é cada vez maior e a avaliação é cada vez negativa, o que vem provocando um forte desgaste para a atual gestão municipal. O ponto central deste possível rompimento, apesar de que não existe uma aliança firmada e consolidada entre o prefeito Eduardo Vasconcelos (PSB) e o governador Rui Costa (PT), seria a não liberação das verbas para a otimização da área de saúde municipal. Esta possibilidade acabou substanciado um embate ideológico mais robusto durante a sessão da Câmara de Vereadores desta segunda-feira (19). Tudo se iniciou com a fala do líder do prefeito, o vereador Rei de Domingão (PSB), que se dirigiu ao líder da oposição Zé Ribeiro (PT) dizendo a ele que “ao invés de somente ficar criticando os projetos do executivo, que vossa excelência fosse cobrar de forma mais enérgica do governador Rui Costa, que é inclusive do seu partido, para que ações imediatas sejam efetivadas para o pronto funcionamento da UTI de Brumado”. O clima ficou mais acalorado, o que fez com que o presidente do Legislativo, o vereador Léo Vasconcelos (PDT) fosse para a tribuna livre para um pronunciamento impactante. Muito seguro, ele afirmou que “em sua recente visita a Rio de Contas, o governador Rui Costa falou que liberou 4 milhões para Brumado, mas se esqueceu de dizer que esse montante vem desde o governo Paulo Souto” e emendou disparando que “em seguida ele falou que vai liberar R$ 20 milhões para a policlínica, mas fica a dúvida, será mesmo que vai?; esperamos que sim”. E de forma contundente declarou que “sem o governador não teremos UTI e a população precisa saber disso. Não teremos UTI; nem ampliação da barragem de Cristalândia; nem o sistema de esgotamento sanitário da Embasa; nem novos cursos universitários, em suma, o progresso e desenvolvimento do município estaria ameaçado”. E finalizou narrando uma situação que viria comprovar que as relações entre município e estado estariam para ficar bem arranhadas citando que “a administração municipal deu a data limite do dia 30 de julho para que as ações e a liberação das verbas para a UTI de Brumado sejam realizadas, caso isso não ocorra, as relações ficarão bem complicadas e, com isso, poderemos ter novos rumos para a política local”.