Após uma reunião realizada na Prefeitura Municipal de Brumado na manhã desta quinta-feira (08) entre a APLB, Sindsemb e representantes da administração municipal, a qual, teve como pauta a renegociação salarial dos professores e servidores públicos municipais, ao invés de avançar, acabou retrocedendo, pelo menos no âmbito das duas categorias que ouviram propostas bem abaixo das expectativas e também das possibilidades reais, já que um estudo feito por técnicos das duas entidades mostrava que os índices poderiam ser de 13,1% (professores) e 10% (servidores) que as finanças públicas não seriam abaladas. Diante da negativa por parte da gestão municipal, os professores e servidores realizaram uma nova assembleia às 15h no Clube do Sindicato dos Mineradores, onde a indignação foi “desopilada” em “doses cavalares”. Um dos momentos que mais chamou a atenção foi o posicionamento do servidor Maxuel Ramos, que defendeu que a proposta oferecida pela administração municipal deveria ser aceita diante de uma severa crise financeira. Ele foi vaiado e o clima esquentou com novos depoimentos inflamados de professores que defenderam a deflagração de uma greve, já que, segundo eles, a categoria estava sendo novamente desrespeitada, citando o caso no ano passado, onde se falou que não havia verbas e o dinheiro sobrou nos cofres municipais. A equipe do 97NEWS está de plantão no local e assim que for divulgada por parte dos sindicatos a decisão que será tomada a divulgação será feita.
"Esclarecimento: Ao me dirigir aos membros da assembleia, ponderei que o reajuste proposto pela administração (4,5%) não contemplaria toda a categoria e que seria injusto aceitar um índice que excluiria a maioria dos funcionários que estão nas faixas I e II da tabela do plano de cargos e salários, considerei a atual crise financeira pela qual passa o município, as atitudes tomadas pelo executivo e legislativo visando amenizar os efeitos da redução da receita e assim pensando apresentei a proposta de abrirmos mão deste reajuste neste ano ou seja reajuste 0%(zero) , seria uma maneira do funcionalismo dar a sua parcela de contribuição neste momento de crise, atitude esta, acredito eu, seria levada em consideração pelo gestor na rodada de negociação no ano que vem. "
"Em relação ao movimento paredista dos trabalhadores, em Brumado, a partir desta Terça Feira, foi exatamente, única e exclusivamente motivado pela ausência de planejamento financeiro do atual Gestor dessa Prefeitura. Ao não acenar com o Percentual de recomposição salarial entre 10 e 13%, o senhor gestor joga nas costas dos trabalhadores o peso de uma crise que não fora gestada por nós. É sabido que em 2015, o aumento de repasses exclusivo ao FUNDEF, girou exatamente, no entorno 13%. Aliás, em Brumado, em tempo algum, a prefeitura pagou/ou paga o Piso Nacional do Magistério aos professores, hoje, no valor de 1.917,78. E não é luta só por salário, também, por Plano de Saúde, Salas de aula ambiente, Eleição direta para diretores, implantação da lei das 13 horas/aulas! Portanto, ao declarar greve por tempo indeterminado, as categorias denunciam o tratamento perverso dado aos trabalhadores, esses sim, responsáveis pelo desenvolvimento do município."