Há cerca de seis anos, moradores da comunidade do Jatobá, zona rural de Brumado, convivem com uma situação nada agradável. Já imaginou ter sua casa invadida por milhares de moscas e não poder fazer nada? Esse é o drama que vivem as quatro famílias no entorno de um possível abatedouro clandestino que fica localizado dentro da comunidade. A equipe do 97NEWS foi solicitada pelos moradores para verificar a situação e, constatamos de perto a veracidade da situação. A reportagem visitou duas, das quatro casas mais afetadas na localidade. Os moradores relataram que durante o dia, eles ficam impedidos de cozinhar ou até mesmo fazer sucos ou café, devido a quantidade de moscas que invadem as residências. "Você imagina, nesse calor a gente fica impedida de fazer um suco aos nossos filhos, porque só pelo fato de manusearmos o açúcar, elas invadem a cozinha", lamenta uma das moradoras.
Brumado: Moradores da comunidade do Jatobá apontam abate clandestino de suínos e caprinos
Outra situação relatada pelos moradores é a quantidade de aves conhecidas como "urubus", que frequentam a região. "É até irônico, mas pelo fato de estarmos na zona rural, muitos devem pensar. Eles veem aves lindas todos os dias, mas a situação não é essa, infelizmente aqui o que vemos todos os dias são os [urubus]", disse a dona de casa. Outra moradora de 58 anos contou que a pouca água que eles possuem na comunidade vem da lagoa, mas como eles tem que limpar a casa por várias vezes ao dia, esse consumo acaba aumentando e afetando o abastecimento. "A lagoa esta secando, nossa água do dia a dia vem toda de lá, ai vem essa situação aqui, com essas moscas, temos que lavar a casa pela manhã, a tarde e a noite", esclarece a mulher que deixou a cidade para viver com tranquilidade no campo.
A comunidade ainda alega que já tentou por várias vezes falar com o proprietário do abatedouro, mas a promessa é a mesma. "Ha seis anos nós estamos nessa batalha. Já relatamos o proprietário sobre o problema, mas ele sempre diz que vai parar. Na última conversa com ele, o dono disse que vai parar no fim do ano, mas nós já estamos cansados, porque já fazem seis anos que ele promete e nunca cumpre", afirmou outra moradora. Questionados se eles já levaram o caso para a Vigilância Sanitária do Município, os moradores disseram que ainda esta semana, eles vão fazer a denúncia formalmente. "Meu pai tentou conversar com o dono do local, mas como não fomos ouvidos, vamos tomar nossa providência perante as autoridades", comentou. Nossa equipe foi até a propriedade indicado pelos moradores, onde segundo eles, acontecem o abate clandestino, não obtivemos êxito. No local, encontramos uma cancela fechada e dentro da propriedade uma espécie de confinamento para animais. Ainda do lado de fora, tentamos por diversas vezes falar com o proprietário, mas no imóvel havia apenas um funcionário que não quis nos atender. A nossa Redação fica aberta para qualquer esclarecimento por parte da outra parte citada. Nosso endereço eletrônico é: [email protected].
Comentários