O relacionamento do casal baiano Rafael*, 35, e Morgana*, 33, estava próximo de completar uma década, sem que houvesse brigas constantes nem momentos de crise. Mesmo assim os dois achavam que a relação precisava de oxigenação, de alguma novidade, ou correriam o risco de cair no marasmo e até de uma possível separação. Foi durante uma viagem que Rafael sugeriu que o casal poderia viver algo diferente e unir mais alguém à dupla. Depois de muita conversa, Morgana concordou. Após criarem perfis em alguns sites de relacionamento e vez ou outra surgisse uma pessoa interessante que também estava a fim, os dois perceberam que a maioria das pessoas eram avessas à ideia, além disso as páginas não possuíam filtro para relações poliamorosas. “Foi aí que eu sugeri ao Rafael que criássemos um site, alguém poderia estar passando pela mesma situação que a gente”, diz a Advogada. O objetivo principal do aplicativo Pitanga e da rede social Pitanga Club é juntar pessoas que procuram se relacionar poliamorosamente, seja numa relação afetiva, ou numa simples fantasia. “Apesar dessa característica ser o carro-chefe da rede, o aplicativo não é restritivo, há espaço também para quem procura um parceiro, um relacionamento monogâmico”, esclarece Rafael. “É importante que as pessoas saibam que somos um casal como outro qualquer, cuidamos de nossos filhos, trabalhamos, temos nossas relações sociais e familiares e não frequentamos site, festas ou casas de swing. Falo isso porque as pessoas provavelmente vão associar o Pitanga Club a estas práticas, e não é essa nossa intenção, o Pitanga foi feito para pessoas comuns que queriam experimentar uma nova possibilidade”, finaliza Morgana. O casal adianta que o perfil “Morgana”, pertence aos dois, e que estão disponíveis para conversar, contar todo processo do aplicativo e conhecer interessados. O aplicativo e site foi de lançado no dia 7 de janeiro e já alcançou mais de 300 membros entre casais, mulheres e homens cadastrados.